The Legend of Zelda A Era de Ouro da Franquia

Jogos que Marcaram Gerações

The Legend of Zelda: A Era de Ouro da Franquia

Ao longo das décadas, The Legend of Zelda tornou-se uma das franquias mais icônicas da história dos videogames.

Com títulos que marcaram gerações e inovaram em narrativa, mecânicas e exploração, a série criada pela Nintendo ultrapassou barreiras culturais e tecnológicas.

Dentre todos os capítulos dessa trajetória, dois jogos em particular se destacam como a era de ouro da franquia: Ocarina of Time e Majora’s Mask.

Lançados para o Nintendo 64 no final dos anos 90, esses dois títulos não apenas elevaram o patamar da série, mas também moldaram o design de jogos em 3D por anos a fio.

Suas contribuições vão além do entretenimento, sendo frequentemente citados como referência em escolas de game design, listas de melhores jogos de todos os tempos e fóruns nostálgicos de fãs.

Se você viveu aquela época ou tem curiosidade sobre como esses clássicos redefiniram o mundo dos games, mergulhe neste artigo e explore os bastidores, a influência e os elementos únicos que tornaram The Legend of Zelda um verdadeiro divisor de águas na indústria.

Prepare-se para relembrar ou descobrir por que essa fase é considerada a era de ouro da icônica franquia.

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A origem de The Legend of Zelda: NES e SNES

A história de The Legend of Zelda começou em 1986, no NES (Nintendo Entertainment System), com um jogo que já trazia a essência da exploração livre, quebra-cabeças e progressão não linear.

Criado por Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka, o primeiro título transportava os jogadores para Hyrule, onde controlavam o herói Link em uma missão para resgatar a princesa Zelda e derrotar Ganon.

Na geração seguinte, o SNES recebeu A Link to the Past (1991), que expandiu consideravelmente o universo da franquia.

Com gráficos aprimorados, trilha sonora marcante e uma narrativa mais complexa, esse jogo consolidou as bases para o que Zelda viria a se tornar nas gerações futuras.

Ele introduziu o conceito de mundos paralelos (Luz e Trevas), que seria reutilizado e refinado nos jogos do Nintendo 64.

Essa base sólida permitiu que, ao chegar à transição para o 3D, a franquia tivesse elementos maduros o suficiente para ousar e inovar sem perder sua identidade.

The Legend of Zelda: Ocarina of Time

Lançado em 1998, Ocarina of Time foi um marco absoluto. Era a primeira vez que os jogadores viam Link em um mundo tridimensional, com liberdade real de movimento, combate fluido e um enredo épico construído com riqueza cinematográfica.

  • Mecânicas e inovações

A introdução do sistema de mira Z (Z-targeting), que permitia focar nos inimigos durante o combate, revolucionou o design de jogos 3D. Esse elemento foi adotado como norma em vários títulos futuros de ação e aventura.

A própria estrutura de mundo aberto, com sidequests, exploração de dungeons e uso do tempo como mecânica narrativa (infância e fase adulta de Link), trouxe uma profundidade até então rara.

A ocarina, instrumento musical usado no jogo, foi mais que um item: tornou-se uma ferramenta de transporte, manipulação do tempo e interação com o ambiente — uma inovação poética que unia mecânica e narrativa de forma harmoniosa.

  • Impacto na Indústria

Ocarina of Time recebeu aclamação universal. Até hoje figura em listas como o melhor jogo de todos os tempos, graças à sua combinação de inovação técnica, narrativa envolvente e jogabilidade refinada.

Ele estabeleceu um novo padrão para jogos 3D, influenciando diretamente franquias como Dark Souls, Portal e Horizon.

Mais do que vender milhões de cópias, o jogo moldou uma geração. Para muitos, foi a primeira experiência de verdadeira imersão em um mundo vivo, dinâmico e cheio de descobertas. Sua trilha sonora, composta por Koji Kondo, é inesquecível para jogadores do mundo todo.

The Legend of Zelda: Majora’s Mask

Lançado em 2000, apenas dois anos após Ocarina of Time, Majora’s Mask surpreendeu por adotar um tom sombrio e experimental.

Usando o mesmo motor gráfico, a equipe da Nintendo criou um jogo completamente diferente, com foco em repetição temporal e uma atmosfera densa, carregada de mistério e simbolismo.

  • Mecânicas e inovações

A principal inovação foi o ciclo de três dias. O mundo de Termina está prestes a ser destruído pela lua, e Link tem apenas 72 horas (reais, dentro do jogo) para salvar o mundo — podendo voltar no tempo repetidamente com sua ocarina.

Esse sistema criou um ambiente em que os NPCs seguiam rotinas fixas, exigindo do jogador observação e planejamento detalhado.

As máscaras também foram uma mecânica central. Cada uma concedia habilidades únicas e transformava Link em diferentes formas, alterando completamente a jogabilidade e oferecendo múltiplas formas de interagir com o mundo.

  • Impacto na indústria

Majora’s Mask dividiu opiniões no início, mas com o tempo se tornou um dos jogos mais cultuados da franquia. Sua ousadia temática — abordando luto, medo e aceitação — e a estrutura não convencional o tornaram objeto de estudos e análises até hoje.

Muitos fãs consideram-no o jogo mais artístico e profundo da série. Além disso, inspirou outros títulos a explorarem temas maduros e sistemas de tempo mais complexos, como Dead Rising e Outer Wilds.

Com o passar dos anos, o público geral deixou de ver o jogo como “experimental” e passou a reconhecê-lo como “obra-prima incompreendida”.

É possível jogar os dois jogos icônicos no Nintendo Switch original e também no Switch 2. Para isso, é necessário assinar o pacote adicional do plano de assinatura Nintendo Switch Online.

Conclusão

A era Nintendo 64 marcou um ponto de virada para The Legend of Zelda, tanto no aspecto técnico quanto artístico.

Ocarina of Time pavimentou o caminho dos jogos 3D modernos, enquanto Majora’s Mask ousou subverter expectativas e mergulhou em temas profundos, transformando a experiência do jogador em algo mais do que simples diversão.

Para os que viveram essa fase, o impacto desses dois títulos vai além da nostalgia — é uma lembrança concreta de uma época em que os videogames provaram que também podiam ser arte, emoção e memória.

Perguntas sobre The Legend of Zelda

1. Qual jogo vendeu mais: Ocarina of Time ou Majora’s Mask?
Ocarina of Time vendeu mais de 7 milhões de cópias no Nintendo 64, enquanto Majora’s Mask vendeu cerca de 3,4 milhões. A diferença está ligada ao tempo de desenvolvimento e ao apelo mais experimental de Majora.

2. É preciso jogar Ocarina of Time antes de Majora’s Mask?
Embora não seja obrigatório, jogar Ocarina antes enriquece a experiência, já que Majora’s Mask reutiliza personagens e parte do contexto do jogo anterior.

3. Por que Majora’s Mask tem um tom mais sombrio?
A equipe de desenvolvimento quis explorar temas mais profundos e pessoais. Com um prazo de desenvolvimento menor, optaram por uma narrativa intensa e inovadora.

4. Esses jogos ainda são acessíveis hoje em dia?
Sim! Ambos estão disponíveis em versões remasterizadas para o Nintendo 3DS e também no serviço Nintendo Switch Online + Expansion Pack.

5. Qual a influência desses jogos nos títulos modernos?
Ambos influenciaram profundamente o design de jogos, especialmente no uso de mundo aberto, narrativa imersiva e construção de personagens com rotinas próprias.

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